Voto maduro: Eleitores idosos deram exemplo de cidadania em Macapá
Mesmo sem obrigatoriedade de votar, muitos eleitores acima de 70 anos, compareceram às urnas em 2024
A Justiça Eleitoral do Amapá pôde atender diversos idosos, acima de 70 anos, durante o pleito municipal do último domingo, 6. A idade mais avançada poderia ser uma barreira, mas não foi obstáculo para o senhor Raimundo Aires da Costa, de 81 anos de idade, exercer o direito do voto no SENAC Amapá, local de votação do eleitor. Mesmo com dificuldades de locomoção, acompanhado da esposa, ele foi às urnas neste 1º turno das Eleições para escolher prefeito e vereador da capital.
“O voto muda realidades e, por isso, desde os meus 18 anos, eu voto a cada eleição”, comentou o idoso.
Assim como ele, o aposentado Abguar Teixeira de Paula de 90 anos, não deixou de lado o dever de cidadão e foi o primeiro a votar na seção 001 da Universidade Estadual do Amapá (UEAP). Além exercer o voto, o idoso participou do Teste de Integridade Biométrica, que pela primeira vez foi realizado no Amapá pela Comissão de Auditoria das Urnas Eletrônicas (CAVE). Foi mais um dever cumprido com direito a participação na história das eleições no Estado.
“Tenho muito orgulho de colaborar com a Justiça Eleitoral. É uma forma de mostrar para todos que o sistema é seguro”, disse o eleitor emocionado.
Voto facultativo para idosos acima de 70 anos
No Brasil, a partir dos setenta, o voto volta a ser facultativo, mas nunca deixará de ser um direito. As eleitoras e os eleitores cujo voto é facultativo não precisam justificar a ausência em nenhuma eleição e não sofrem qualquer tipo de penalização pelo não comparecimento.
Caso passem três eleições sem votar (cada turno conta como uma eleição), o Título também não será cancelado, diferente do que acontece com aqueles que ainda têm a obrigação de votar. A única situação em que o Título de Eleitor de alguém acima de setenta anos será cancelado é caso ocorra uma revisão do eleitorado e a pessoa não compareça.