Projeto “Votar Sem Barreiras” firma parceria com instituições que apoiam pessoas com deficiência visual
Eleitores com deficiência visual receberam treinamento para manipulação das urnas eletrônicas adaptadas
A Comissão de Acessibilidade e Inclusão, através do projeto “Votar Sem Barreiras”, do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP), fechou parceria com o Centro de Apoio Pedagógico à Pessoa com Deficiência Visual (CAP) e a Associação de Cegos e Amblíopes do Amapá (ACAAP) para treinamento de eleitores com deficiência visual, com vistas ao exercício do voto.
Nesta sexta-feira, 21, pelo menos trinta pessoas com deficiência visual participaram de um treinamento com urnas eletrônicas adaptadas para elas. Os equipamentos já foram usados no Primeiro Turno das eleições gerais, e novamente serão utilizados no Segundo Turno.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) orientou aos Tribunais Regionais Eleitorais que intensifiquem o apoio às pessoas com deficiência visual para este Segundo Turno das eleições, a fim de que esses eleitores possam exercer plenamente sua cidadania. Com isso, o projeto “Votar Sem Barreiras” colocou novamente à disposição desse público o treinamento nas novas urnas eletrônicas adaptadas para que essas pessoas não tenham mais dificuldade na hora da votação.
O presidente da ACAAP, Jodoval Farias da Costa, falou sobre a importância do treinamento:
“Esse contato da pessoa cega com a urna eletrônica é muito importante. Estabelecer essa parceria com o TRE-AP, com as entidades, com o Centro de Apoio Pedagógico. Primeiro, porque é um momento de se familiarizar com o equipamento. É algo que não acontece no cotidiano. Isso acontece a cada dois anos. E essa familiaridade tem que ser de forma presente, já que com o recurso da acessibilidade você só pode utilizar tocando, utilizando a urna, manipulando os botões e os recursos que a urna dispõe”, disse.
“Sobretudo, os recursos de acessibilidade. Então, esse treinamento tem que ser constante. Isso dá segurança de chegar, de fazer as devidas configurações de tonalidade de voz, de velocidade, poder votar e liberar a urna para, efetivamente, ouvir as informações sonoras que a urna emite. Então, esse tipo de contato facilita, e muito, tanto no manuseio do recurso da urna, quanto na segurança do voto”, frisou Jodoval Farias.
Para a coordenadora pedagógica do CAP, Núbia Xavier da Silva, “a importância do projeto consiste em que os alunos, que são eleitores, se familiarizem com a tecnologia da acessibilidade e, realmente, exerçam o seu direito de cidadão. Porque é através do voto que eles podem colocar em prática a sua cidadania”.
Todas as urnas eletrônicas estão preparadas para atender pessoas com deficiência visual. O teclado do terminal do eleitor apresenta os números em sistema braile, além de ponto de referência no número 5, para orientação do eleitor que não lê braile. Há, ainda, a possibilidade de se utilizar fones de ouvido, para que o eleitor cego ou com deficiência visual receba sinais sonoros com indicação do número escolhido.
Caso o eleitor precise de auxílio durante o voto, ele ainda pode contar com a ajuda de uma pessoa de sua confiança, que poderá acompanhá-lo na cabine de votação e até mesmo digitar os números na urna, desde que autorizado pelo presidente da mesa receptora de votos.